quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Dias ruins

   Eu costumava rezar para os dias ruins acabarem logo. Aqueles dias assim, sem nenhuma real tristeza, mas que de tão sem graça podem levar à solidão inconveniente.
   Pra mim, o grande problema desses dias é que me deparo buscando um sentido para tudo. Me atrapalho tentando garantir que tudo esteja devidamente explicado, encaixado e polido: as relações, o trabalho, o futuro, os sonhos, as possibilidades, as responsabilidades. 
   Abro os braços, assim beeem esticados, tentando cercar o mundo. O meu mundo. Mas aí mora o perigo: meu mundo está habitado por pessoas de vida e idéias próprias, muitas das quais eu mal posso acessar (ainda bem?). Pessoas com seus próprios mundos, históricos, ritmos, prioridades, opiniões, vontades e certezas. Impossível garantir completa compreensão, entendimento, aceitação, atendimento de expectativas, desprendimento...Desprendimento??? Como? Pois elas não estavam ali bem dentro do meu cercado? 
   Difícil distinguir as coisas em alguns momentos como em dias ruins.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

1 ano de casório - Por Carlitos Pankiewicz


Quando no início do mês pedi ao meu querido amigo Carlitos (conheça o blog dele) para fazer uma correspondência diretamente da Itália para esse blog, não imaginava o tamanho da homenagem que receberia. Comemorando o aniversário de 1 ano do meu casamento (para a nooooooooossaaaaaaaaaa alegriaaaaa), Carlitos encheu meu coração de alegria e honra com essas lindas palavras! Não mereço tanto Carlitos! Obrigada pela oportunidade de sua amizade!

Por Carlitos Pankiewicz

"Tinha imaginado fazer um discurso-homenagem durante a festa de casamento da Ive e do Rodrigo. Qual casamento não tem um bêbado feliz que rouba o microfone e começa a fazer um discurso pra delírio da multidão? Pensei que pudesse ser eu. Que talvez eu pudesse traduzir toda a minha admiração por essa pessoa ilustre e deixar bem claro pra Deus-e-o-mundo o que ela significa pra mim. Pensei que eu pudesse fazer isso. Discuti a idéia com Kellytchas e dias depois ela veio me falando que tinha que acertar o “número” com o cerimonial. A julgar pela frequência de cerca de 80 mega-hertz da tremedeira que eu comecei a ter só dela me falar que iria passar pra programação do cerimonial eu percebi que a única coisa que eu poderia fazer com um microfone na mão no dia 27 de Maio de 2011 era ter um ataque epilético.

Mas tem coisas que só a internet faz por você. Inclusive tornar as pessoas mais corajosas. Por isso eu gostaria de convidar os milhares de fãs, seguidores e devotos (sim, devotos! Eu de Ferrari no Facebook ganho 10 likes, ela segurando um drink com o mindinho levemente arqueado pra fora, falando no celular ganha 137) da Ive pra voltar àquele dia e se imaginar no salão logo depois que as dezenas de solteiras enfurecidas viram o buquê se prender no teto.


 É 1:47 da madrugada, um ser estranho, descalço (porém extremamente gato naquela camisa que até hoje ele mesmo não sabe se é cinza, azul ou verde, sabe só que é bonita!), com uma gravata na cabeça, pega o microfone e fala “um minutinho da atenção de todos!” OK... Muita gente aqui deve estar se perguntando... Vc seria o famoso quem? Eu seria o Carlitos, amigo da Ive. 



Obviamente não dos tempos de Barão, as amizades da Ive daquele tempo causam nos olhos um prazer infinitamente maior, não tem comparação. A julgar por essa cara (a minha, óbvio) a gente só pode se conhecer da física. Na verdade a gente se conheceu no mestrado e durante os últimos 4 anos, incluindo o doutorado, sempre que eu tive que fazer uma matéria eu olhava pro lado e ela tava lá quietinha, dando espetáculo sem nem abrir a boca direito.

Um amigo nosso em comum, o Paulinho, que o MIT o tenha, deu, com uma frase curta e simples a melhor definição sobre Ela que eu já escutei. Precisou só de 4 palavras:

“Aquilo é um E.T.”

É claro que a gente não a enxerga como um ser verde com anteninhas. Claro que não. É que simplesmente a forma, o jeito dela de tratar e lidar com as pessoas, a consideração por cada privilegiado que cruza seu caminho, independentemente se é a primeira, a última ou a primeira e última vez, não pode ser desse planeta. Pode ser o pai, a mãe, o marido (a quem eu devo 33,33% do meu mestrado), um amigo que ela conheceu há 10 anos, um amigo que ela conheceu há 10 dias, mesmo 10 minutos ou o carteiro (Carol, o carteiro... Entendeu, né?). Todos recebem uma atenção especial. Tenho certeza que ela é capaz de fazer até um atendente de telemarketing se sentir querido.

Pra alguns significa a própria Vida, pra outros tem um significado mais singelo, porém não menos elaborado, como um floco de neve. 



Existem ainda aqueles que simplesmete não suportam ficar mais de 24 horas sem ouvir sua voz. Pra mim, ela é simplesmente.... minha estrela-guia.

Todas as felicidades do mundo, querida!

Live happily ever after!"

Carlitos