quinta-feira, 26 de junho de 2014

Catarse

Senta menina, em silêncio 
Descubra a angústia de ser solidão
E junte os pedaços ligeira
Antes mesmo que o tempo lhe roube o perdão

E digo que sinta, profundo e doído
O galope do choro a vir
E então viva a sua catarse
Se ocupando de não ressentir

E não dê ouvidos ao mundo
Que gritar outros velhos clichês
Essa dor vai passar por seu crivo
Senta que a sessão é privê




segunda-feira, 2 de junho de 2014

Fim

Passou

De tanto gargalhar, estou rouca
O alívio de agora me fez perder a voz 
Queira-me bem, meu riso é sincero
Levou a melancolia que escorria no rosto
Levou o fardo da ilusão

E não deve haver felicidade maior que a verdade
Encarar em paz o que sou e o que pude ser para você
De fato, pouco...
Dito isso, vejo agora sua imagem tão longe e tão longe
E como você está apagado, assim sumindo

Queira-me bem, não uso de desdém
Isso é para os desprovidos de memória
Eu apenas sigo
Sofrer deixou de ser opção