quinta-feira, 27 de junho de 2013

Diz aí

Diz aí. Como se separa o joio do trigo,
nesse meu mundo já tão encardido,
cheio de sonhos que herdei e criei.

Nessa tormenta em que a voz é o busto,
onde há fogo e um barulho tão mudo 
que eu já tão rouca me faço obstante.

E me inquieto por não definir 
o que eu vejo e o que está por vir
Sigo adiante, sem paz, reticente.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Conselho fosse bom...

É que eu te vejo sempre tão perdida,
que acho que isso já não lhe cai bem,
é tudo instável, é tanta agonia,
é chuva no molhado, é só desdém.

Então eu te pergunto, pra que isso?
Mas a pergunta não lhe soa bem.
"Cuida do seu que eu cuido da minha vida,
É chuva no molhado, mas convém".

Engulo então o tapa da resposta
E entendo os fatos como eles são.
Desculpe a minha grande prepotência
Recolho-me, te deixo com a razão.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Descole a capa que ainda te mantém irredutível.
Se ela te dá conforto, te dá também comodismo
E é tempo de ver o novo nascer.

Tome cuidado e sempre respeite
O acaso que sempre serve de enfeite
Pro novo amor se instalar e morar.

Não tenha medo que eu te deixo partir e viver,
Bem cá de longe, pagando pra ver,
Sua armadura apertar e cair.

É sempre assim, eu me doo por dentro.
Digo doer...é difícil, sem jeito
E então me lembro que já te perdi.

Agora vá.