quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Desabafo

E ele disse com a voz embargada
Que mais uma vez é muito
E que a vida passa enquanto ela brinca de casa.

E também disse que falta aos olhos ver direito,
Sem as regras impostas por quem mesmo?

E disse calado do quanto era triste
E do quanto ela era vazia.
Mulher lunática, sem limites.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Eu

Eu me desculpo pelos dias nublados.
Em que passo alheio a tudo o que está para fora da linha que me divide com o mundo.
Eu tenho um limite de convivência certas manhãs.
E em dias assim, ninguém me acha. 
Você me verá de pé, mas não se engane. Não estou presente.

Eu peço que o sol logo apareça.
E que com ele eu expresse o que trago bem dentro, escondido até que você sorria e tudo se mostre.
Do jeito que você merece ver.
Do jeito que você sempre quis.
O meu verdadeiro eu.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sereno

E ele disse calma
Alcançou minha alma em sopro doce
Deu meu medo ao senhor Tempo
E a agitação ao Ritmo

Personificação da alegria
Transformou soluço em solução
E se tornou tão simples, que sorrio
Uma metade inteira

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Esquizofrenia


Tempos difíceis ficam na lembrança
Cárcere privado em seu próprio ser
Tempo solitário, dúvida e loucura
Fez dela mais forte, mas fez se esconder

Hoje recomposta já pode sorrir
Mesmo temerosa da própria razão
Disse adeus a tudo sem se despedir
Fim da casa-grande, fim da escravidão

Mas trouxe em si o peso de ser livre
A culpa de ser feliz por apenas ser
Tantos anos presa pela própria mente
Ainda a enganam sem nem perceber