quarta-feira, 31 de julho de 2013

Encontro

Ah menina, cabelo de ombro
Me defina você neste mundo
Vai, me diz o seu nome, escancara
Sua dor, seu sentir tão profundo
...
Bem quisera ser certa de mim
Mas vario com a embarcação
Me disseram que a alma navega
Mar de vento ou de pouca emoção

Debulhando-me, encontro os meus eus
Uns tão pobres, um eu tão jagunço
Vive em caça da minha alegria
Não permite que eu me desfrute

Outras vezes um ser tão sereno
Se apropria, tão simples requinte
Ser sorriso, tão leve e sensato
Aparece assim, amiúde

E me encontro com outros de dentro,
Mesa farta de eus tão distintos
Se debatem, se abraçam e se ferem
Se perdoam, são bons aprendizes.