quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Voa, Raimundo

Os olhos tão doces e fortes
Há muito não vejo se abrirem
Pintados de um cinza azulado
Ficaram guardados no espaço

A rua do mês primavera
E o cheiro do armário aberto
Me lembram agora você,
Meu velho amigo sincero

Me encho de tantas lembranças
Que os olhos já pingam saudade
Do tempo em que fui Baianinha
Da sua voz já bem baixinha

Sentado ali na varanda
O rádio assim alto, tocando
...
Vazios domingos fizeram
O tempo bonito correr.