segunda-feira, 7 de julho de 2014

Mesmice


Sonolenta em meus passos no mundo,
Sigo ainda o mesmo caminho
Não o temo, nem mesmo me agrada
Esse chão, reto e plano e sem graça

Vendo as flores por entre os canteiros
Cá me lembro, tenho companhia
É a velha vizinha de outrora
Que rondava minha casa em silêncio

Agradeço não estar sozinha
Mas Loucura me atrasa bem mais
Me encara em seu mudo discurso
Muita coisa pra pouco percurso

E embora eu o saiba de cor,
Me entristeço ao trilhá-lo de novo
Cada passo caindo preciso
Na pegada chamada desgosto