Ah menina, cabelo de ombro
Me defina você neste mundo
Vai, me diz o seu nome, escancara
Sua dor, seu sentir tão profundo
...
Bem quisera ser certa de mim
Mas vario com a embarcação
Me disseram que a alma navega
Mar de vento ou de pouca emoção
Debulhando-me, encontro os meus eus
Uns tão pobres, um eu tão jagunço
Vive em caça da minha alegria
Não permite que eu me desfrute
Outras vezes um ser tão sereno
Se apropria, tão simples requinte
Ser sorriso, tão leve e sensato
Aparece assim, amiúde
E me encontro com outros de dentro,
Mesa farta de eus tão distintos
Se debatem, se abraçam e se ferem
Se perdoam, são bons aprendizes.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Vintage
E perdeu-se
a leveza no vento. Perdeu-se a graça e a força.
Certo que
persiste a certeza de não ser agora a paz de outrora.
Já não sei
em que ponto do caminho tudo ficou ou se ainda existe.
A dúvida é
sempre a maior dor.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Filhos da noite
Há pessoas tão profundas que não posso alcançá-las.
Trazem o coração em chamas e a alma pintada.
Afogados em sensibilidade, cultivam o riso mais doce
E as lágrimas...bailarinas.
Aliás, alguns não choram. Apenas recolhem-se na calma de um sono profundo.
Mas não dormem. Não dormem nunca.
Trazem o coração em chamas e a alma pintada.
Afogados em sensibilidade, cultivam o riso mais doce
E as lágrimas...bailarinas.
Aliás, alguns não choram. Apenas recolhem-se na calma de um sono profundo.
Mas não dormem. Não dormem nunca.
sábado, 20 de julho de 2013
Pequenina
E num giro de relance vi você assim crescer.
Para dentro. Sem limites.
Bem ao meu lado, sorriso de canto.
Enfeitou as tardes inquietas.
Trouxe a paz que me trouxe de volta.
E com essa mania de ser tão delicada, fez morada em mim.
Para dentro. Sem limites.
Bem ao meu lado, sorriso de canto.
Enfeitou as tardes inquietas.
Trouxe a paz que me trouxe de volta.
E com essa mania de ser tão delicada, fez morada em mim.
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