terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Desencontro

A dor que bate sacode os sonhos e amanheço
Abala o tempo do presente e reconheço
Que o quarto agora tem cheiro forte de tristeza

Vento que bate, sacode as folhas e o meu peito
Embala o tempo do passado e reconheço
Que a sala agora tem cheiro doce de saudade

E eu que fui a que negou tantos abraços
A que desapertou o laço
Agora sofro de te ver feliz

É sempre assim, eu me acostumo à solidão
Posso contar em duas mãos
Esse é só mais um desencontro

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Despedida

Me pergunto onde você se esconde
Me deixando sozinho em mim
Tenho medo que cá bem no fundo
Queira mesmo deixar-te partir

E meus olhos marejam contidos
Uma dor bem maior que parece
Já não sei se a causa de tudo
Foi querer ou deixar que acabasse

E não há solução para o fim
Pois o fim nem o tempo alivia
Se eu pudesse escolher sem sofrer
Dormiria o resto dos dias